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Professores brasileiros entre os melhores do mundo? Sim!

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Estamos ocupando cada vez mais espaços de destaque mundial, mas precisamos ser mais valorizados aqui dentro.

Pelo quarto ano consecutivo, temos professores brasileiros finalistas no Global Teacher Prize, o prêmio considerado o “Nobel da Educação”, que está em sua 5ª edição. O intuito do prêmio é valorizar a profissão docente e reconhecer praticas inovadoras em Educação em todo o mundo.

Este ano, contamos com dois representantes: Débora Garofalo, de São Paulo, e Jayse Antonio da Silva Ferreira, de Itambé, Pernambuco. A professora Débora está entre os dez finalistas e, no próximo dia 24 de março, concorre ao grande prêmio em Dubai, nos Emirados Árabes.

Todos os anos acompanho a transmissão do prêmio, sofro emocionada torcendo muito pelos nossos representantes brasileiros e me inspirando com tantos professores e suas práticas maravilhosas mundo afora.
Esse ano vai ser ainda mais especial, pois Débora e Jayse são meus amigos. Juntos fazemos parte da Conectando Saberes, uma rede de professores brasileiros, apoiada pela Fundação Lemann, em que todos acreditam e realizam ações para construir uma Educação pública de qualidade para todos.

Mas há outros fatores mais importantes que tornam o prêmio desse ano ainda mais especial, pois há quebra de alguns paradigmas que nos levam a uma reflexão e necessidade de mudança de postura:

Uma mulher representando a Educação Brasileira?

Como assim? Débora é a primeira professora brasileira a ficar entre os dez melhores do mundo. Mesmo sendo a grande maioria na Educação, nós mulheres nem sempre somos valorizadas e temos lugar de destaque. Afinal, temos muita gente de qualidade na Educação brasileira, mulheres e homens. Temos muitas profissionais competentes, mas na história do Brasil, só tivemos uma ministra da Educação.

Mulher na tecnologia?

Como assim? Não incentivamos nossas meninas a ingressarem nas áreas tecnológicas e de ciências. Precisamos mudar essa perspectiva. Ciências e tecnologia devem ser vistas como áreas para todos! Essa mudança pode e deve começar em nossas salas de aula.

Aluno de periferia, de escola pública, com ensino de qualidade e aprendendo robótica?

Como assim? Muitas vezes em nossos próprios discursos como professoras e professores, tentamos justificar a dificuldade de aprendizagem das crianças e entramos em preconceitos com o fato delas serem de periferia, de regiões pobres ou de outra condição socioeconômica mais vulnerável. Mas na verdade eles só não aprendem se não forem oferecidas oportunidades adequadas de aprendizagem, recursos suficientes, etc. É preciso acreditar no potencial dos nossos alunos. Jayse e Débora, nem sempre tiveram tudo o que precisavam, mas partiram do ponto de ter altas expectativas em relação a seus alunos.

Projeto de Robótica com sucata?

Como assim? É verdade que muitas vezes não temos apoio e nem materiais para realizar projetos inovadores em nossas salas de aula, mas também muitas vezes nos acomodamos na ideia de que não é possível, quando, há sim alternativas. Analisando muitos dos projetos inovadores em educação premiados no Brasil e no mundo, percebi que eles nem sempre envolve grandes custos, mas sim iniciativa e criatividade. A professora Débora está aí para mostrar que é possível, sim, aliar robótica e sucata. Necessidade, realidade e criatividade podem andar juntas.

Professores brasileiros entre os melhores do Mundo?

Como assim? Sim, temos professores criativos e inovadores em nosso país. Já são sete professores brasileiros reconhecidos entre os melhores do mundo até a atual edição do Global Teacher Prize. Isso sem contar os professores premiados aqui mesmo no Brasil, como Prêmio Educador Nota 10. Sabemos que a Educação brasileira não anda bem e que precisamos avançar, mas temos muitos professores de qualidade em diversas áreas que podem ser inspiradores em suas práticas. Juntos podemos fazer uma revolução na Educação.

Convido a todos para não apenas torcer pela nossa professora em Dubai, afinal ela e Jayse já são vitoriosos por tudo o que fazem em suas escolas, mas também a apoiar, acreditar, incentivar e lutar pelos professores do Brasil e pela Educação brasileira. A Educação é o retrato de uma sociedade. Façamos o nosso melhor pela Educação das nossas crianças e dos nossos jovens, razão da existência de todos nós professores.

Um abraço a todos, especialmente aos meus amigos Débora e Jayse e até semana que vem,

Mara Mansani

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