O modelo STEAM, que significa Science (Ciências), Technology (Tecnologia), Engineering (Engenharia), Arts (Artes) e Mathematics (Matemática), surgiu com a proposta de tornar as disciplinas de exatas mais atrativas aos alunos, fazendo com que eles vislumbrassem as aplicações práticas desses conhecimentos. Para isso, foi necessário repensar o modelo tradicional de ensino e criar uma forma de ensinar esses conteúdos de maneira prática, e a aplicação de projetos interdisciplinares foi a solução encontrada. Assim a metodologia se desenhou.
A aplicação da metodologia STEAM – que é um modelo ativo de aprendizagem – se dá por meio de projetos que passem por essas cinco áreas do conhecimento, planejados em conjunto pelos professores de cada disciplina.
Não vale cada um pensar na sua parte individualmente e depois juntar tudo, não é por aí. Mais do que interdisciplinaridade, a metodologia STEAM requer transdisciplinaridade. Então, é preciso definir um objetivo para o projeto, e é a busca por alcançá-lo que se alimentará das disciplinas de maneira natural, sem uma inclusão forçada, que não se encaixaria em um projeto da vida real.
Quando os estudantes estão envolvidos em projetos que despertam o interesse deles, eles querem ir atrás do conhecimento para fazer as coisas funcionarem.
A assimilação também é muito maior, porque os conceitos se transportam da esfera teórica para o mundo real, no qual as coisas só vão funcionar se o entendimento estiver correto. Se não estiver, o aluno terá que repensar, avaliar o que está errado e descobrir a solução. O aprendizado virá pela experiência.
Sendo assim, o modelo tem o que é necessário para envolver os alunos e interessá-los por matérias que geralmente são mais difíceis. Mais do que isso, trabalha com áreas como tecnologia e engenharia, que não são disciplinas escolares, mas que permeiam os projetos. O mercado precisa de profissionais com tais conhecimentos, e aqueles que os tiverem terão mais chances de empregabilidade.
O interesse por buscar uma formação nessas áreas começa na escola.
Então, esse é um ponto que não pode ser ignorado pelas instituições. Afinal, os estudos precisam garantir que, no futuro, o aluno possa ser alguém preparado para os desafios da vida adulta, o que inclui emprego e independência financeira.