O ENEM e os Desafios da Matemática
O Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) se tornou uma das principais portas de entrada para a educação superior no Brasil. Contudo, a área de Matemática e suas Tecnologias permanece entre as que mais impõem desafios aos estudantes. Os índices de proficiência evidenciam uma lacuna significativa na compreensão matemática, dificultando o alcance de boas notas, especialmente para os alunos de escolas públicas.
Dados do INEP (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira, 2023) apontam que, segundo o Painel de Indicadores do ENEM disponibilizado pelo INEP (https://painel.inep.gov.br/indicadores-enem) a maioria dos estudantes fica abaixo do nível básico de desempenho na prova de matemática do ENEM. Isso reflete uma questão estrutural: a ausência de uma progressão contínua, significativa e contextualizada no ensino da matemática ao longo da Educação Básica.
A Importância de um Curso Preparatório com Base Concreta
Os tradicionais cursos preparatórios para o ENEM focam em resolução de questões e simulados. Embora úteis, muitas vezes negligenciam a raiz do problema: a falta de compreensão conceitual. É aí que a proposta da MMP – Materiais Pedagógicos ganha destaque. Utilizar materiais concretos e metodologias ativas em uma “sala do futuro” permite que os estudantes não apenas resolvam problemas, mas entendam o porquê dos conceitos matemáticos.
Laboratórios de Matemática: Diálogos com o Conhecimento
Inspirados pela BNCC (Base Nacional Comum Curricular), os laboratórios de matemática da MMP propõem um ambiente dialógico e investigativo. De acordo com a BNCC, a educação deve promover competências como resolver problemas e criar soluções com base em conhecimentos matemáticos (BRASIL, 2018, p. 9). Ao utilizar kits como Tangram, Material Dourado, Geoplano e Mini Kit Álgebra, os alunos constroem hipóteses, testam ideias e estabelecem conexões significativas.
Outros materiais da MMP ampliam ainda mais essa experiência:
- Pentaminós e Triângulo Mágico para raciocínio lógico;
- Jogando com a Álgebra e Cubo Soma para equações e expressões algébricas;
- Mini Mosaico com Frações, Geoplano Circular com Frações, Prancha para Gráficos e Relações Métricas no Triângulo Retângulo para proporções, frações, geometria e trigonometria;
- Régua de Estudo de Tempo para grandezas e medidas;
- Codificando Figuras com Argolas para lógica e sequências;
- GEOCLICK e Sólidos Geométricos Planificados para formas tridimensionais e visualização espacial.
Como Paulo Freire defende, “ensinar exige pesquisa, exige respeito aos saberes dos educandos” (FREIRE, 1996, p. 28). Os laboratórios da MMP são espaços onde o mapeamento coletivo dos saberes acontece. Os alunos deixam de ser receptores passivos e passam a ser protagonistas do processo, um ponto fundamental para provas como o ENEM, que exigem raciocínio lógico, autonomia e resolução de problemas.
Letramento Matemático e Construção de Sentido
Historicamente, os fracassos nas provas de matemática do ENEM refletem a ausência de sentido no aprendizado. Como afirma a professora Kátia Cristina Stocco Smole, em seu artigo “Matemática e Emoção: Contribuições para a Aprendizagem”, publicado nos Cadernos de Pesquisa (n.º 141, 2011), o fracasso escolar em matemática afeta profundamente a autoestima dos estudantes, comprometendo sua autoconfiança e disposição para seguir aprendendo (SMOLE, 2011). Estudantes decoram fórmulas, mas não sabem como aplicá-las no cotidiano. Por isso, o letramento matemático, defendido por autores como Roque Moraes (2007) e Ole Skovsmose (2001), é central: trata-se de compreender a matemática como linguagem e ferramenta para interpretar e transformar o mundo.
Quando um aluno utiliza materiais pedagógicos concretos, como os oferecidos pela MMP, ele vivencia situações reais que dão contexto à abstração. Isso ativa diferentes áreas do cérebro, segundo estudos de Neuromatemática, aumentando em até 30% a aprendizagem em relação ao ensino tradicional.
Inserindo a Matemática na Sala do Futuro
A Sala do Futuro proposta pela MMP é uma realidade possível e transformadora. Com espaços interativos, metodologias STEAM, kits personalizados por faixa etária e uma abordagem centrada na emoção e no engajamento do aluno, ela promove um ciclo virtuoso de aprendizagem.
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) destaca a importância da vinculação entre educação, trabalho e prática social (Art. 1º, §2º). Isso implica que ensinar matemática não deve ser apenas uma formalidade curricular, mas um ato transformador — social, intelectual e emocional.
Conclusão: Um Novo Caminho para os Índices de Proficiência
Para transformar os baixos índices de proficiência matemática no ENEM, é essencial revisar as práticas pedagógicas desde os anos iniciais. Isso exige compromisso com uma educação que acolhe, investiga e engaja. Os materiais pedagógicos concretos da MMP são aliados nessa missão.
Ao integrar os laboratórios de matemática em escolas públicas e privadas, formar educadores com base nas Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN), e apostar em metodologias inovadoras, aproximamos o Brasil de uma educação mais justa, crítica e eficaz — como propõe o Plano Nacional de Educação (PNE) (Meta 7, Lei n.º 13.005/2014, que prevê a melhoria da qualidade da educação básica com foco no aprendizado adequado à idade) e a BNCC.
Este é o momento ideal para planejar seu curso preparatório para o ENEM, inovar suas práticas com a Sala do Futuro e garantir um ensino de matemática com sentido.
♦ Referências :
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Brasília, 2018. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/. Acesso em: 18 maio 2025.
BRASIL. Lei n.º 13.005, de 25 de junho de 2014. Aprova o Plano Nacional de Educação – PNE. Diário Oficial da União, Brasília, 26 jun. 2014.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia: Saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996.
INEP – Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira. Painel de Indicadores do ENEM. Disponível em: https://painel.inep.gov.br/indicadores-enem. Acesso em: 18 maio 2025.
SMOLE, Kátia Cristina Stocco. Matemática e Emoção: Contribuições para a Aprendizagem. Cadernos de Pesquisa, n. 141, p. 201–223, 2011.
MORAES, Roque. Educação Matemática Crítica: Fundamentos e práticas. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2007.
SKOVSMOSE, Ole. Educação Matemática Crítica: A Questão da Democracia. Campinas: Autores Associados, 2001.